Fale um pouco sobre a sua história. Como você começou a produzir viola-de-cocho? Quantos anos você tinha quando aprendeu?
Desde criança, eu sempre ajudei meu pai, o seu Caetano Ribeiro dos Santos, mas não me sustentava da viola-de-cocho. Mais tarde eu fui trabalhar em outro campo e a viola-de-cocho era só uns 20% do meu trabalho. Ajudávamos o meu pai quando ele ainda estava novo. E o que aconteceu? Depois que eu casei, já dependia da viola-de-cocho para o meu sustento. Eu mantenho a minha família até hoje com a viola-de-cocho. Eu tinha até um serviço paralelo há uns 15 anos atrás, depois, nos últimos anos, eu comecei a viver exclusivamente da viola-de-cocho.
Você trabalhoucom o mestre Manoel Severino(in memórian) ?
O Manoel Severino era um companheiro do meu e do meu pai. E nós três trabalhávamos juntos. Eu tinha uma Saveiro na época e aí eu corria atrás da matéria-prima. Eu corria atrás da matéria-prima para poder preparar para eles fazerem a viola-de-cocho. Eu os ajudava e sempre trabalhava de segunda a sábado. No sábado, do meio dia para a tarde, e no domingo, eu saia no mato, no interior, extraindo a madeira, que é a matéria-prima para a gente fazer a viola-de-cocho. Então o Manoel Severino e o meu pai trabalhavam juntos. Daí, nos últimos dez, quinze anos, passou a trabalhar eu e ele. Depois perdi o meu Grande amigo!
Desde quando a viola-de-cocho é produzida aí no Estado? Qual a sua origem?
Ela tem uns 280 anos. Desde quando se fundou Cuiabá. Se conta a história de que com a vinda dos Bandeirantes, alguém veio com um instrumento parecido. Quando ele foi embora com o instrumento, o pessoal daqui copiou e fez um instrumento chamado viola-de-cocho. Aí ele colocou o nome de viola-de-cocho por causa da ferramenta mesmo que é usada para fazer o cocho do curral de boi, que era feita a canoa pantaneira, de um único tronco de madeira maciça que ele entalhava, mais de 15, 20 dias fazendo a canoa de cocho, num único tronco de madeira. Esse é um dos motivos no qual surgiu a viola-de-cocho. Ela tem em torno de uns 280 anos aqui no Mato Grosso, a idade de Cuiabá.
Qual a diferença da viola-de-cocho para as violas comuns?
A viola de cocho foi classificada por pesquisadores como som de veludo. Ela tem um som todo especial. Hoje os músicos que tocam MPB se encantam com a viola-de-cocho no sentido que ela tem um som suave, um som como que de veludo. Ela é genuinamente brasileira, é original mesmo daqui.
Você além de produzir as violas, você toca também?
Sim, o ritmo Cururu e Siriri. Vamos colocar nesses termos: eu sou aprendiz. Os mestres mesmo são os mais velhos. Eu estive em Brasília, num congresso, e me perguntaram: “como está a repercussão de novos artesãos de viola de cocho em Cuiabá?”. Eu disse: “olha, que eu saiba, eu sou o mais velho artesão fazendo viola-de-cocho em Cuiabá”, me amarraram na pergunta e eu achei essa saída, de repente eu falei: “sou o mais velho artesão porque os mais novos estão com 60, 70, 80 anos de idade”. Daí todo mundo riu. Ninguém mais está querendo fazer viola-de-cocho porque ela é rústica, é cansativo você fazer viola-de-cocho, tem que procurar madeira no mato, andar a pé, tem muito bicho peçonhento, tem muitas dificuldades para enfrentar. Só a gente mesmo é que gosta. No meu caso eu vim bem cedo aprendendo a gostar.
É verdade que você e seu pai têm a maior produção de violas-de-cocho no Brasil?
Sim, hoje eu faço entre 30 a 50 peças por mês. Isso varia muito. Tem vezes que eu trabalho dois meses só produzindo, no outro mês só acabamento. Hoje aqui a cultura se expandiu muito. Eu vendo para todos os Estados.
Você trabalha sozinho?
Hoje eu tenho um ajudante – estou treinando ele para ser um novo artesão – e tenho também minha esposa, que trabalha junto comigo no acabamento. E meus filhos, que sempre que precisa dar um detalhezinho no acabamento eles estão me ajudando.
Normalmente quem produz a viola é o homem. Porque é um trabalho masculino?
Porque o começo da viola de cocho é muito rústico. Você vai trabalhar com uma tora de madeira, vai ter que entalhar, escavar, com facão, usando só ferramentas cortantes. Então a mulher não tem ainda... não vou dizer que não tenha, de repente vai haver um dia em que vai ter mulher fazendo viola-de-cocho, por que não? Só que é um trabalho pesado. A mulher, pelo menos na minha família, entra na parte de acabamento. Aí tem que ter um toque feminino.
E melhor que o acabamento seja feito por uma mulher?
Eu faço um acabamento bem feito, mas eu prefiro que a mulher faça, pois ela tem uma delicadeza a mais. Tem que ter uma sensibilidade no acabamento, porque o que vende hoje é a qualidade. Às vezes, por conta de um detalhezinho no acabamento o cliente recusa a viola.
O que é mais importante na hora de fazer uma viola–de-cocho? É mais importante que ela seja bonita, ou que ela toque bem, que ela soe bonito?
A ressonância da viola-de-cocho é o mais importante. Não adianta ela ser uma viola-de-cocho bonita na aparência, mas, na hora do uso, que você precisa da ressonância, que dá a afinação, ela não está boa É igual violão. Nem todos os violões que fabricam são bons. O Roberto Correia, um pesquisador, uma vez me fez uma pergunta: “porque a cada dez violas que você faz, as dez são bonitas, mas três não tocam bem?”. É uma coisa inexplicável, todos instrumentos de corda tem isso. Quando você compra um violão, você tem que ir até um mestre que entenda de violão para ver se não está empenado. De repente ele está perfeito em todo tipo de acabamento e tudo o que você fez em um você fez no outro, mas um deles não dá um som bom.Você afina, mas o instrumento não segura a afinação. Tem vários detalhes que fazem com que ela não fique boa em ressonância. Mas também já aconteceu dela não estar bonita em aparência, mas estar bonita de som. Assim como tem algumas pessoas que falam “eu quero que ela esteja bonita de tudo, boa na aparência e boa de som”, têm outros que dizem: “eu quero que seja mais barato e não quero tocar nada”. Aí você faz a viola que não tem uma ressonância 100%, e vende até com desconto. Mas, de repente, eu mando para São Paulo e um músico fica sabendo dessa viola que eu fiz e diz: “mas o Alcides não faz viola desse tipo”. Mas aí o dono da viola vai explicar a situação, eu já peço para ele explicar.
Qual o principal uso das violas-de-cocho? É para o entretenimento, para a diversão, ou mais para funções religiosas, de devoção?
O uso seria tudo. Mas começou pela devoção, pela cultura nossa aqui, que é o Cururu e o Siriri. O que aconteceu? Antigamente não tinha televisão. Por falar nisso, você deve conhecer os músicos Zé Mulato e Cassiano. Eu sou fã deles. Certa vez eu estava assistindo um show deles em Brasília. Ele chegou e disse assim: “eu estou vindo de um show lá dos confins, lá de Cuiabá, lá onde Judas...”. Eu estava no auditório, assistindo o show e antes dele falar alguma coisa eu disse: “epa, não fale de Cuiabá porque Cuiabá é terra boa, terra de um povo hospitaleiro, o que você planta dá em Cuiabá”. Não deu tempo de eu falar com eles depois, mas eu mandei um recado por uns colegas da gente que trabalham junto com eles e falei: “pô, vem, faz a turnê aqui em Mato Grosso, canta em todos os municípios, leva o dinheiro todo daqui e ainda sai falando mal!” Eu, particularmente, não gostei, mas é assim. Por Cuiabá ser distante do grande centro – hoje Cuiabá esta sendo um dos estados mais desenvolvidos do país, tanto na agricultura como na pecuária, tem vindo muita gente de outros Estados para cá – o que acontece? Antes, até os anos 40 e 50, antes da chegada da televisão, o que divertia o povo, principalmente o povo ribeirinho – nós temos aqui 13 municípios beirando o rio Cuiabá – era o Cururu, o Siriri e o Rasqueado, que também era tocado na viola-de-cocho, o famoso limpa banco, como nós chamamos aqui. No tempo das festas religiosas, a devoção ao santo, começava com o Cururu, a viola-de-cocho entrava tocando o Cururu. No final, ficavam só aqueles que fizeram a festa, a comunidade, o povo da casa, e falavam assim: “vamos fazer um Siriri agora”. O Siriri se dança homem e mulher, o Cururu só homem. Então, no final da festa, juntava os cururueiros e o pessoal da casa e a gente começava a tocar. E aí vinham as cozinheiras, todas as pessoas que trabalharam para a festa da comunidade, vinham fazer valer o trabalho deles, festejando na festa. Alguns que gostavam de Siriri ficavam também. Eu sempre participei dessas festas com os meus pais. Aqui em Cuiabá a gente viaja longe, porque a tradição é muito grande, abrange todo o estado, então a gente acaba fazendo um percurso muito grande em todo o Estado, em todos os 13 municípios da baixada cuiabana.
Hoje em dia há muitas manifestações populares que são celebradas na região?
Hoje nós temos a federação Cururu e Siriri. A gente mapeou grupos de Siriri que apareceram em vários locais em que a gente não sabia. Havia também cururueiro que a gente não sabia. Então descobrimos que é ainda mais rico do que a gente pensava. Por um tempo, quase entrou no ponto de ficar esquecido. E o que aconteceu? Nós trabalhamos muito nesses últimos 8, 10 anos e resgatamos. Hoje nós temos a maior manifestação cultural do estado, que é o Festival de Cururu e Siriri. Hoje, há 43 gruposde Siriri e mais de 200 Cururueiros. Pena que não dá para participar todo mundo do festival, nós dividimos por pólos. Tem até aqui na região aqueles que a gente chama de “os gaúchos”, que é o pessoal do sul. Eles vieram para plantar soja, mexer com agricultura aqui no norte do mato grosso e já estão aderindo à nossa cultura! Eles já estão dançando o Cururu e o Sirri, eles estão aprendendo. É muito importante e muito bonito. Tem o médio-norte do Mato Grosso, que é Tangará da Serra, Nova Mutum, e hoje eles estão entrando nessa tradição nossa, que é a nossa cultura, que tem quase 300 anos.
Tem diferenças nos tipos de manifestação cultural que havia no passado para essas de agora?
Com certeza muda. Um pouco vai mudando, não restam duvidas quanto a isso. É como no caso do fogão. Nós cozinhávamos no tacuru, em que se juntavam três pedras e se colocava ali a panela e as lenhas para ir cozinhado. E foi mudando. Chegou aquela chapa de ferro, aquele fogãozinho com a chaminé, tudo de barro, nos ranchinhos aqui do pantanal. Depois veio já o fogão de ferro – de lenha, mas de ferro –, em que já se tem o forno para assar, até chegar hoje no fogão de gás e no microondas. Com a viola-de-cocho e com a nossa tradição é a mesma coisa. A mudança atingiu a nossa cultura um pouco. Hoje, a viola mantém o chitão, que é pano número um que é usado em todos os grupos, esse não teve como sair, mas tem grupos que, de vez em quando, já estão usando outro tipo de tecido. O chitão é aquele todo floreado. A gente também aprimorou um pouco. Eu tenho uma relíquia aqui, uma viola-de-cocho mais velha. Eu ando comprando violas-de-cocho do interior, em outros municípios, para colecionar e ver como cada artesão fazia, porque cada artesão tem seu jeito de fazer a viola-de-cocho. Hoje eu tive até que mudar em termos de qualidade, como eu já falei para você. A viola-de-cocho antigamente era rústica, você fazia ela só no facão, não tinha lixa, o que tinha era folha de lixeira, folha de embaubeira, você não tinha essa lixa industrializada de hoje, você quebrava uma garrafa e fazia a lixa do caco da garrafa e ia raspando até chegar na espessura que soltasse a ressonância.
Essas mudanças melhoraram a maneira de fazer?
Facilitou um pouco, mas a viola não deixou de ser rústica. Não abandonamos o facão, o enxó e o formão.
As manifestações do cururu e do siriri já não são mais tão espontâneas, isto é, grnde parte das rodas tradicionais organizadas pela própria comunidade foram substituídas por festas grandiosas, promovidas pelo governo. Uma das críticas que se faz é que essas festas tem hora marcada para começar, hora para terminar, um número determinado de pessoas que vão fazer as apresentações. Como você enxerga isso?
É como eu falei para você. Quando a festa é feita pelo poder público, você não pode colocar todo mundo. Nós somos 200 cururueiros, numa festa de 3 dias. Temos 143 grupos. Você não pode colocar uma festa com todos esses grupos, porque não daria para atender todo mundo. São 30 minutos de apresentação para cada grupo. Por noite, das 19hs às 23hs, o máximo que dá para fazer é seis, sete grupos, fazendo o show uma coisa bem feita. Mas ainda existe festa e existe manifestação que não tem nada a ver com o poder público, nos interiores, aqui dentro da cidade mesmo, porque, às vezes, a festa de cururu vai a noite inteira, os cururueiros tocando, cantando. O siriri, como eu falei para você, dança à vontade, não tem um padrão, não tem um regulamento para seguir, nada, é à vontade, como é o tradicional no povo da região da baixada cuiabana.
Você tem preferência por algum tipo de festa?
Na verdade, eu estou no meio e me sinto privilegiado de gostar das três. Nós temos aqui também a dança de São Gonçalo, que é tocada na viola-de-cocho. Para você ter uma idéia, o Cururu é tocado com viola-de-cocho e ganzá, que é como um reco-reco, feito de bambu entalhado à faquinha, e tocado com osso. No Siriri, entra o mocho de Siriri, o tamborim, feito com uma armação onde fica o couro de boi. Já na dança de São Gonçalo é só a viola-de-cocho e o ganzá. E cada ritmo tocado nessas três manifestações é diferente um do outro. No Rasqueado, você também pode entrar com o mocho, também pode entrar com o ganzá e a viola-de-cocho, mas o ritmo tocado muda, é diferente. Eu gosto de tudo que envolve a viola-de-cocho. A gente tem aqui um pessoal tocando a viola-de-cocho em tudo quanto é tipo de música que está havendo hoje no Brasil.
Como a cultura pop da música influenciou essas manifestações culturais? A chegada da televisão atrapalhou? E o fato do rádio tocar músicas mais ‘pop’?
Houve um ponto negativo. Nós quase chegamos a desanimar. Hoje, isso está sendo revertido. Hoje nós temos avós, bisavós, tudo dançando, e têm netos, bisnetos, tudo dançando na mesma roda, juntos. Então eles viram que a coisa é séria. O poder público em si, principalmente aqui no município, investiu muito na cultura. Investiu muito e o que aconteceu? As crianças, vendo suas mãe e avós dançarem, também estão dançando, estão adquirindo isso.
Já que feita artesanalmente, a forma da viola de cocho, o próprio tamanho dela, varia de acordo com quem vai tocar? O cabo da viola, o estilo, vai de acordo com o tocador?
Cada artesão tem um estilo de fazer. Uns fazem com cabo curto, outros mais comprido. Eu fazia três tipos de tamanho e aumentei fiz um quarto para atender um músico. Tem a grande, tem a média e a pequena. Antigamente, no tempo do meu pai aqui na região do Pantanal, era só viola de corda pequena que tocava. Mas, devido à procura de grandes músicos e, vamos dizer assim, tocando as músicas populares brasileiras, a gente foi adaptando e fazendo um tamanho um pouquinho maior. O pessoal gostou. Eu fiz um novo molde e coloquei em prática. Hoje, ela está sendo muito bem vendida e muito bem aceita no mercado.
O modo de fazer viola-de-cocho é patrimônio cultural brasileiro. Como você enxerga esse fato?
A viola-de-cocho foi tombada, é um Patrimônio Nacional. O que acontece? Eu estive trabalhando junto com o Iphan nesse registro. Acho que a viola-de-cocho foi o terceiro bem imaterial a ser registro pelo Iphan. Então hoje temos a salvaguarda da viola-de-cocho. Mas até hoje, não temos ainda um registro no Ministério da Cultura da dança Cururu e Siriri. Nós temos o registro somente da viola-de-cocho. O que acontece? A gente está tentando, junto à associação daqui, levar até o Ministério e registrar a nossa dança. Muitas danças de outros Estados estão registradas no Ministério e o Cururu e o Siriri, que são tocados pela viola-de-cocho, nós não temos o registro ainda. Sobre o registro do modo de fazer viola-de-cocho, eu estive com o Iphan 14 dias, trabalhando com eles aqui na região do Pantanal, em tudo quanto é lugar. Aí saiu. Eu mesmo tive que concertar. Teve eu refazer o DVD e o livro, que vai sair agora. Já tem quatro anos que a gente vem trabalhando com eles e eu não gostei do jeito que eles fizeram. Eu fui um dos que reclamou, porque na hora de sair o DVD... Tudo era patrocinado pelo governo do Estado do Mato Grosso do Sul. Em Mato Grosso do Sul há alguns parentes nossos que ficam no Pantanal, em Corumbá e Ladário, divisa ali com a Bolívia. O que aconteceu? Foi feito todo o trabalho técnico aqui e não colocaram nossa voz, colocaram tudo lá. Na hora de falar dos artesãos, falaram que eles eram todos de lá. Na época, eram seis artesãos. Hoje, eles só tem dois. Eu fiz um mapeamento e nós temos mais de quarenta artesãos de viola-de-cocho. Aqui já tem muito jovem querendo aprender a fazer. Eu já estou até dando oficina de viola-de-cocho.
Quando você reclamou o pessoal mudou?
Mudou. Dissemos que se fosse assim não iríamos fazer. Eu fiz mais algumas coisas com Manoel Severino, com meu pai, outros cururueiros e então eles chegaram a conclusão de que eles estavam errados. Daí que mudou o registro: “predomina em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”. Eu ainda queria que colocasse o seguinte: “predomina 90% em Mato Grosso e 10% em Mato Grosso do Sul, só em Corumbá e Ladário”. Tanto que hoje nós temos a manifestação enorme aqui e lá ficou esquecido - lá dentro de Corumbá, por a cidade ser longe da capital, que é Campo Grande. Hoje eu estou em contato com eles direto, até aperfeiçoei um menino a fazer viola-de-cocho, que esteve aqui comigo mais de um mês. O que aconteceu? Ele falou: “até hoje, depois que eu voltei para o Mato Grosso do Sul, não fiz viola, não tem um respaldo. E aqui em Mato Grosso é diferente, aqui você tem esse respaldo do poder publico, até conseguir a madeira você consegue dado, às vezes. Lá está difícil para trabalhar, até matéria-prima não está tendo.
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Booa sortte a todos!